Missa em Celebração aos 15 anos dos nossos alunos – FOTOS
24/06/2024
O ano é 2021 e o mundo está familiarizado com as mais diversas linguagens, sejam elas concretas ou abstratas, características dos mundos reais ou virtuais.
Comparado a alguns anos atrás, demos saltos substanciais, e por muitas vezes surpreendentes. Quem diria, por exemplo, há dez anos, que hoje em dia as aulas seriam ministradas por meio de computadores, tablets ou celulares?
A linguagem, é claro, acompanhou essa movimentação, não somente em vocábulos ou abreviações, mas também nas formas de produzir sentido.
Os recursos multimodais como emojis, figurinhas, áudios, fotos com filtros, vídeos curtos com música e dancinhas irreverentes auxiliaram no processo de consumo e autoria o que antes era expresso apenas com palavras escritas.
E como as crianças foram impactadas por isso?
De forma natural, novas formas de comunicação foram incorporadas ao dia a dia das crianças. Ao utilizarem aqueles recursos mencionados anteriormente, a produção de sentido ganha uma dimensão mais ampla e diferenciada. A noção de alfabeto, por exemplo, além da sequência ABCDE, também aceita a configuração QWERTY, típica do teclado do computador; a autoimagem pode ser percebida, modificada e expressa de acordo com um filtro ou uma voz diferente; e até o processo de segurar um lápis
com firmeza é compartilhado com o movimento dos dedos numa tela touchscreen ou uma pegada firme no mouse.
Utilizar as telas digitais também modifica a lógica da sequência temporal. A percepção de tempo e a relação “causa e efeito” são diferentes das tradicionais.
Ao contrário de cadernos pautados, com linhas e margens, e que seguem a sequência cronológica da fala (sujeito-verbo-predicado), as telas permitem uma infinidade de arranjos e temporalidades que podem ser exploradas pelas nossas crianças.
E a língua inglesa, então? Que por meio de sua utilização e compreensão garante que as nossas crianças possam transitar em diferentes meios ou aplicativos, e participar de forma competente e responsável nas práticas sociais digitais.
E como se aliar a esses “novos” modelos didáticos?
Por mais que a princípio esse momento em que estejamos vivendo pareça inevitável ou sobrecarregado de tecnologias, informações e obrigações, repare que, desde o título desse artigo até o último subtítulo, a palavra “novo” está entre aspas. Talvez muito dessa natureza já ocorra de modo ‘offline’ e que possamos investir tempo em família:
Os quatro exemplos foram 100% fora dos meios digitais e podem desenvolver de forma colaborativa, criativa e participativa, competências que, quando o melhor momento for apropriado (e isso dependerá de cada família), o filho transferirá para suas relações com o conhecimento, tempo, consigo e com o outro na virtualidade.
Você pode estar lendo esse artigo pelo computador, celular ou tablet, e logo, logo seus filhos utilizarão esses mesmos meios (ou haverá outros?) não somente para estudo, mas para explorar possibilidades comunicativas, de aquisição e gerenciamento de conhecimento, e de produção de sentido.
Que tal apoiá-los nessa descoberta do mundo multiletrado e discutir desde cedo o que querem contar para o mundo, como participarão nesse universo cheio de informações e acima de tudo, como fazer isso tudo com respeito e responsabilidade?
Quer se aprofundar um pouco mais no assunto? Clique aqui e assista o vídeo “Inglês para a vida!”
Artigo escrito por Pedro Ribeiro – Educational Developer da International School