A Congregação dos Santos Anjos celebra 130 anos de presença no Brasil, neste dia 22 de maio de 2023. Desde seu início, percebeu-se diante da missão de educar as comunidades as quais estavam inseridas, nos diversos modos: pela educação, pelo testemunho, pelo cuidado com a vida e pela caridade.

Iniciando na França, através de um padre que veio trabalhar no Brasil, acendia o primeiro passo de uma viagem longa, de uma missão distante e de um desejo de Deus de fazer brotar novas sementes em novas terras. Em 1856, após morte da primeira superiora que sucedeu a Madre Maria São Miguel Poux, Mère Elisabeth Maire, atual Superiora-Geral, esteve com São João Maria Vianney.

O Cura d’Ars, como ficou conhecido, disse a religiosa que os ramos da pequena árvore plantada por Deus, em referência a Congregação, “se estenderão bem longe, bem longe”; e acrescentava: “sejam fiéis, tenham confiança e acreditem em Deus”.

Com isso, Mère Elisabeth troca inúmeras correspondências com o Padre Louis Blondet, entre 1891 e 1893, que estava no Brasil, para tratar sobre a vinda ao país. Em 26 de fevereiro de 1893, o padre manda uma carta expressando a sua alegria com a aprovação da vinda da Congregação ao Brasil: “o bispo está muito feliz com essa fundação”, em referência ao arcebispo do Rio de Janeiro, Dom João Fernandes Santiago Esbérard.

A partir daí, começam os preparativos finais para a viagem, que ocorre meses depois, em maio, no dia 05, às 11h30min. Desembarcaram no Rio de Janeiro, conforme ata do Navio “Portugal”, no dia 22 de maio de 1983, portanto, há 130 anos.

Conforme documentos históricos, as irmãs estavam apreensivas com toda a novidade: “uma certa apreensão nos acompanha… mas temos que nos abandonar nas mãos da Divina Providência e nos lembrarmos de que nem um fio de cabelo cai da nossa cabeça sem que Ele o permita”.

Assim que chegaram, já assumiram o Colégio dos Santos Anjos, que foi preparado para elas por Dona Judith Pacheco, que se tornou professora de Português e Inglês, posteriormente. Localizado na rua Barão de Mesquita, nº 17, no bairro de Andaraí, o prédio existe até hoje, funcionando como espaço do Sesc Tijuca. Em 1900, o imóvel utilizado se tornou pequeno, portanto, o Colégio foi transferido para o prédio que é utilizado até hoje, na rua Dezoito de outubro, nº 95, na Tijuca.